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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Flor de (res)Peito Exposto

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Todas as flores são bem-vindas,
Ao coração onde flores florescem,
Todas as cores dos olhos são lindas,
Se na cor dos olhos elas acontecem;
Mas, vão os olhos esquecendo sua cor,
Vão-se da memória vivas cores do amor,
E é nos jardins que as flores adoecem,
Ao verem nos olhos pétalas de dor,
   Que olhos sem cor esquecem!...

Levam flores brancas no peito,
Do coração nas mãos emana toda a cor,
Elevam-se até ao alto com alegre respeito,
Lá, no Altar, desaparece o medo da dor;
São flores a todas as cores fiéis,
Degraus, seiscentos e dezasseis,
Um a um, acariciados pelo crer merecedor,
Há fontes, e pura arte de incalculável valor,
Gigantes, uma estrela entre reis,
Ateus e crentes em todas as leis,
Há água fresca, sereias e fresca luz interior,
Há árvores e flores de Fé postas ao dispor,
Há a esperança no fim de pecados cruéis,
   Há um coração de luz cheio de amor!...

Há o coração de todo um povo satisfeito,
Feliz por ser amado pelo amor tão perfeito,
Florido no humilde coração tão acolhedor,
Esse carinhoso coração de Mãe, eleito,
    Pela reflorescente paixão do Criador!...

Todas as flores têm um lindo rosto,
Há em cada rosto, flores de apego,
Há um respeito mais puro exposto,
    No peito da linda flor de Lamego!...



Todas as flores são bem-vindas,
Ao coração onde a mais bela flor floresce, 
 Esse jardim que todas as flores faz lindas!...
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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Degraus da Fé... (essas Pedras de Coração Aberto)

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Às vezes, dava por mim perdido,
Ali, num lugar privilegiado da história,
À procura das estórias de santo sossego;
Embala-me cada degrau onde me aconchego,
E subo entre memórias ao encontro da memória,
Seguindo a luz padroeira que amamenta a trajectória,
   Até ao efeito mais profundo, lá no alto de Lamego!...

A mais pequena pedra de cada monumento,
Era uma pequena parte do rosto de alguém,
Quase podia sentir em mim, cada momento,
Olhares das almas gravados num fragmento,
Meus olhos procurados pela alma, também,
Para serem as testemunhas do sacramento,
    E, juntos, subirem até ao amor de Mãe!...

Imagino incrustar-me no rosto da fé anunciada,
Esculpir-me na promessa e ser degrau contemplativo,
Sentir as dores sobre cada degrau de dívida saldada,
E obter uma resposta diferente da sempre dada,
Por cada lágrima de pedra no rosto meio vivo,
Uma atrás de outra lágrima ressuscitada,
   Até ser divino remédio compassivo!...

Aproximo-me, pé-ante-pé,
Observo pecados intermédios,
Assediadores são vítimas de assédios,
Mercadores crentes no amor da sagrada Fé,
  Em Nossa Senhora dos Remédios!...
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