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terça-feira, 28 de julho de 2020

O RACISTA





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Morte à morte,
Ditadora fascista,
Cada vez mais forte,
Que cada um transporte,
O veneno da raiva sofista,
Para que ninguém desista,
Do ódio como seu suporte,
    Cor fraca da forte cor racista!...

Eu, anti-racista, sou o racismo,
Sou a luta do meu movimento,
Sou minha cor, teu argumento,
Com que pinto teu patriotismo,
Luto vazio do teu nacionalismo,
    Cheio do meu racismo sedento!...

Serás racista, para racista eu ser,
Serás racista só porque eu o sou,
Serás sempre racista sem o saber,
Serás o que de mim se disfarçou;

Serei cor de Cristo que tanto lutou,
Serei verdade que não deixarei ver,
Serei a cor da mentira que sobrou,
    Serei vítima viva depois de morrer!...
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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

À Distância de Nós

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Tão próximos de nos aproximar,
Pela distância a que nos entregamos,
Por estar mais perto não nos esforçamos,
A desculpa das palavras tomou nosso lugar,
Já não sentimos o amor de onde devíamos estar,
Quem nos ama espera por nós, mas não chegamos,
Nem lhes damos um sentido abraço e logo nos vamos,
Procuramos na maior distância o sentido de abraçar!...
   
Somos apenas o vazios das palavras do que nos resta,
Somos o resumo do nosso texto por todos partilhado,
Somos um resto de nós resumido,
Somos o livro em branco mal lido,
Somos a distância que nada nos dá e nada nos empresta,
Somos palavras de um livro do humano juízo esvaziado,
Somos desumanos sempre tristes e sempre em festa,
Somos o próximo que se aproxima do que detesta,
Somos matéria em movimento sem significado,
Somos o livro que todos lêem e não presta,
Somos palavras de um livro apressado,
Somos… nosso vómito engolido,
Somos o que podíamos ter sido,
O que passou sem passado,
      Sem ter-se apercebido!...

Tão distantes estamos de um abraço,
São tantos os abraços dados por dar,
É o grato amor  um bem tão escasso,
    E desse amor tantos falam por falar!...


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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Na queda de Jesus (Vazio de Deus)

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Nada é mais real,
Do que a incoerência,
Jesus passou a ser algo virtual,
E ninguém resiste à inconsciência,
Desse vazio de estranha influência,
Que esvazia o sentido do Natal;
Jesus começou a deixar de existir,
Bebem-se pecados pelo santo Graal,
Nada mais, d’Ele, parece persistir,
Há um abismo em pleno ritual,
Uma ceva sacerdotal,
    Dada a consumir,
        A uma fé digital!...

Como há de o Natal resistir?!...
Como há de resistir Jesus cristo,
Se, por podre causa de tudo isto,
Só os hipócritas jamais irão desistir,
De os condenados animais confundir,
    Com o virtual alimento previsto?!...

Deus já não existe,
Jesus foi um homem qualquer,
A Fé sobrevive na Alma que resiste,
 Não na mentira do venha o que vier!...
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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Do Calor do Gelo ao Degelo da Verdade

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Nada!..
Nada é o que parece,
Nada é do que parecia,
Nada, do que eu quisesse,
Por mais que sábio se soubesse,
Pouco mais foi do nada que dizia,
E tudo se ficaria pelo que dissesse,
    Até à relatividade de um certo dia!...

Do frio à fria morte do frio global,
Dos icebergs ao congelado pesadelo,
 Do degelo do Sol ao inferno do gelo total,
Das queimaduras geladas ao frio apelo,
Do fogo que derrete na antártida bocal,
Até aos glaciares da palavra diagonal,
     Conservada no mais sólido gelo!...

Aftas e outras úlceras bocais,
A frieza do calor e a febre infernal,
A doença secular dos nossos ancestrais,
Convencer os aviões a amarar nos cais,
Conseguir pôr um barco num voo colossal,
E antes que que o mundo se aperceba do ritual,
Fenómenos inconcebíveis de manipuladores globais,
Ditam a queda de cada mundo, a queda mundial,
Depois do princípio das verdades mais irreais,
Gelo e fogo de existência transcendental,
    Sem contestações fundamentais!...

Tudo arde sem arder,
Sem arder tudo vai ardendo,
Queima-se a verdade sem saber,
   E sem saber vai a verdade morrendo;
Como se a mentira ao degelar,
  Em vez de líquida se tornar,
   Na mentira fosse fervendo,
      Para logo se evaporar!...
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domingo, 30 de julho de 2017

"E"... "A"...

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… e quando a mentira se apega,
Transforma-se numa verdadeira praga,
Que os olhos dos seus apegados cega,
     E a verdade dos seus olhos apaga!...

Só eu já nasci cego,
E por mais que a mentira me traga,
     A nada dela me apego!...
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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Como Podes...?!

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Como podes julgar-me?!...
Julgar minha Fé expurgada,
Livre das tuas doutrinárias razões,
Que obedece ao canibalismo das comunhões,
Sem razão nem razoável clemência comungada,
Apenas temente à obrigação das cegas adorações,
Da configuração dos homens em suas prisões,
Configurados em cada palavra configurada,
Como se tua palavra fosse sagrada,
        Em teu juízo de divinas privações?!...

Como julgas, julgar-me?...
Julgando como aquele que te julga,
Esse que te obriga a escravizar-me,
E toda a liberdade da fé promulga,
    E da fé decreta libertar-me?!...

Como podes castigar-me,
Se nunca foste castigado?!...
Como podes reconhecer a razão,
Se a razão é um elo quebrado,
Na corrente da manipulação,
Inquebrável, sem nação,
O poder do enviado,
Imposição do diabo,
    Excomunhão?!...

Excomunhão!...
Como podes excomungar-me,
Excluir a minha Fé do Caminho,
Se sinto nosso Deus convidar-me,
    Para comer o Pão, beber o Vinho?!...
Ele é a fome que está a tomar-me,
É a sede que quer saciar-me,
É o murmúrio de carinho,
Que me alivia do teu espinho,
O teu julgamento de crucificar-me,
    Só porque julgas eu acreditar sozinho!...

Como podes libertar-me da minha liberdade,
Sem enclausurar a minha esperança em Deus,
Se não tens lugar à mesa da divina verdade,
    Onde não senta a crença de amigos ateus,
        Amigos teus sem dó nem piedade?!...

Como não é possível julgares-te,
Como podes não castigares-te,
Não excomungares-te,
  Ou libertares-te?!...
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sábado, 7 de janeiro de 2017

Morder a Língua

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Que nunca a minha língua se tolha,
Meus dentes nunca deixem de a morder,
Quando o veneno, -ai, que Deus me faça a folha,
-Se verta sobre a brancura limpa da  minha escolha,
Pois, -bem vindo és, ó meu desejo triste de morrer,
     Antes que, pela morte do que sou, eu deixe de o ser!...

Quiz o diabo que meus dentes caíssem,
Um a um, desiludidos após mais uma desilusão,
Quiseram os homens que as verdades não vissem,
Um a um, venderam-se à eterna mentira por omissão,
Quando descobriram que padecia de eternidade, o coração,
E como se, enquanto homens, como homens não  existissem,
    Condenaram sua Alma à própria consciência em extinção!...

Procuro o único antídoto no que resta da humanidade,
Pressinto-O na réstia que ilumina a esperança dos filhos seus,
Mas, entre os seus filhos iguais, é tão abismal a desigualdade,
Que as guerras por coisa nenhuma são uma necessidade,
    Talvez (mordo minha língua) um descuido de Deus!...


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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Segredos


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Há tanta confidência escondida no segredo,
   Há tanta revelação autorizada pela liberdade…
Há tanto medo,
Há por aí uma criança que é um sigiloso brinquedo,
Há tantos brinquedos secretos sem nacionalidade,
Há tanta sigilosa verdade,
Há tanto clandestino desassossego,
Escondido em nostalgias de sossego,
   O silêncio dormente de saudade!..

Não digas a ninguém que eu te disse,
Os deuses poderosos não quiseram que eu visse,
Vislumbrei segredos que mais ninguém quis ver,
Adivinhei o que foi e não era que era para ser,
E ainda antes que a verdade se pressentisse,
Caiu um silêncio de morte antes de morrer,
Algo inocente morreu antes que caísse,
    Caiu na morte o segredo de viver!...

São infinitos, os segredos por contar,
Vou contar-te o segredo da poesia silenciosa,
É com o silêncio da Alma que tu deves escutar,
Vou revelar-te o segredo da paz harmoniosa,
    Nunca guardes segredo do poder de amar!...
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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Cio das Sombras e dos últimos Dias

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Saberão os dias resistir,
Aos dias ferozes que se abeiram,
Por mais que resistam os dias de sentir,
Sem o sentirem, acabarão por sucumbir,
   E terão fim, por mais que não queiram!...

Há dias e há dias de verdade,
Há dias e há dias que mentem,
Verdades dos dias que sentem,
Não se escondem da saudade,
Amanhecendo-se na claridade,
Do dia findo que pressentem,
E anoitecem na luzente idade,
Das mentiras que consentem,
    Por tristeza e triste bondade!...

E os dias que não são dias,
Escondidos no tempo fugidio,
Acordam das noites sombrias,
Como sombras cobertas de cio,
     Possuídas por auroras fugidias!...

São os dias que não resistem,
Às noites amantes que caem,
Entram nas noites e insistem,
    Prostituem a verdade e saem!...
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O Silêncio das Palavras Verdadeiras






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Bem guardadas,
Tesouros irreveláveis,
Á espera de serem articuladas,
Algumas, são por muitos veneradas,
Proferidas por seus donos pouco fiáveis,
Escravos delas e tal como elas articuláveis,
Por aí à solta, de boca em boca libertadas,
Bem acolhidas, por outros insuportáveis,
Pela ligeireza da bífida língua fustigadas,
Á mentira e à verdade indispensáveis,
Doces e leves, amargas e pesadas,
 Alívio, ou doem como pedradas,
São de amor ou detestáveis,
      Só ao silêncio confiadas!...   


E é em silêncio que devem ser ouvidas,
Escutadas com ouvidos livres de asneiras,
Que não sejam muitas delas confundidas,
   Com o silêncio das palavras verdadeiras!...
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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Caminho (Ontem, Hoje e Sempre)


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Ontem fui viagem,
Levei-O em meu caminho comigo,
Fez-se caminho à minha passagem,
     Sou o caminho que me leva consigo!...

Hoje continuo a ser caminho,
N’Ele, sou verdade de caminhos seus,
Com Ele em mim, não caminho sozinho,
     N’Ele, em mim, sou o caminho de Deus!...

E, se em meu caminho encontrar a dor,
Em suas mãos confiarei meu fiel destino,
 Serei encontro feliz sob o seu esplendor;

Amanhã continuarei humilde peregrino,
 Serei d’Ele, a paz, sua Palavra e seu amor,
     O meu trajecto livre, abençoado e divino!...

    
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"Soneto dedicado aos diversos,
que me vão confundindo com diversos padres, 
alguns dos quais, não sei quem são!...
Baseado no mote dado por um Padre muito culto
que nem deve saber que o deu"




sábado, 8 de novembro de 2014

O Fazer Feliz da Mentira


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Abordavam a ansiedade do menino, delicadamente,
A bem de suas verdades que a mentira se não visse,
Sorriam doces ameaças, muito educadamente,
Pedindo que fosse educado e mentisse,
Ofereciam-se a quem se omitisse,
Ao mentir verdadeiramente,
Com a verdade aparente,
 E se da verdade fugisse,
Apenas seria diferente,
    Do muito que sentisse!...

O menino fora muito bem criado,
Por educadores pobres sem pobreza,
Sabe o verdadeiro valor de sua íntegra riqueza,
Senhores e senhoras querem-no na condição de comprado,
Prometem-lhe verdadeiros sorrisos e um passaporte acreditado,
Não lhe pedem que fraqueje aos olhos vendados da franqueza,
Nada custa mentir, se mentindo passar por bem educado,
  E faz feliz a velha verdade tratada com ligeireza!...

O menino fez-se o mesmo de si,
Cresceu com a verdade que não mudou,
É verdade que a verdade envelhece por aí,
E há velhas mentiras que nascem aqui e ali,
Perguntam à inocência que as censurou,
     Porque bate com a verdade e sorri!!!...
     Lá se foi perdendo a compostura,
Na descompostura que foi crescendo,
Fizeram-se templos de imaculada lisura,
Demitindo-se da verdade e, se porventura,
Nas costas largas dos outros se foram lendo,
Deixaram de ser costas ainda que as sendo,
Omitiram sua extensão em toda a largura,
    Do nada valer de que se foram valendo!...
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