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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Alma de um Livro Invisível

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Sou este meu livro que nunca escrevi,
Aos olhos ínvios de quem nunca me lê,
Sou cada página que à página fala de si,
    Não há uma só folha que saiba porquê!...

Desfolha-me quem não me vai lendo,
Passa pelo livro que sou e não me vê,
Já cheias do que não vou escrevendo,
    Ficam as nuas páginas à minha mercê!...

Há perfume escrito com cores de rosas,
A letra perfumada de uma pétala aflita,
Um jardim cheio de palavras preciosas;

Não lêem o silêncio no livro que grita,
Nem o segredo das páginas silenciosas,
    Murmúrio das palavras jamais escritas!...

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quarta-feira, 18 de abril de 2018

Olhar d'Alma (Para lá dos Olhos)

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Era, quem aquém dos olhos, ponto cego,
Escondida atrás de suas pálpebras invisíveis,
Nunca se lhe vira no olhar pontos insensíveis,
Do meu olhar periférico, há luz que não nego,
   Abrem-se meus olhos a olhares impossíveis!...

Eram olhos, dos seus olhos, muito além,
Aquém do invisível desejo de pouco ver,
Via-se pouco vendo o que via sem saber,
E, se não sabendo, via como ninguém;
Se do seu olhar, sua luz quisessem ter,
Sentiriam na alma o melhor do bem,
Ainda que o quisessem sem querer,
Dariam à luz, a sua luz também,
Gratas a Deus por conceber,
   E ver seus olhos de Mãe!...

Ver com a alma e acreditar,
Sorrir como quem sorri,
O sorriso do sonhar,
Para lá do olhar,
Para lá de si,
    E amar!...

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