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quarta-feira, 28 de junho de 2017

O Triunfo do Burro

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Quando um animal,
Assume seus tiques racionais,
Confunde-se entre seus iguais,
E a igualdade mental,
De uma diferença normal,
  Diferente em todos os animais!...

Quando um burro,
Á margem de uma elite social,
Assumindo um comportamento anormal,
Confrange-se por seu defeito casmurro,
Ao querer fazer-se fenómeno verbal,
Não consegue esconder seu visual,
E mostra em seu íntimo, o surro;
É o cheiro da natureza essencial,
A sabedoria da burrice natural,
Desafiando um inteligente murro,
     Ou um coice de outro burro igual!...

Quando um animal,
Que opôs sua sombra à minha passagem,
Se quis contrapor entre meu foco principal,
E a intenção do teor de minha mensagem,
Decidindo defender a fraternidade integral,
Soltou da boca um coice colossal,
Oferecendo-me uma enorme vantagem,
Sobre a enormidade maior da sua abordagem,
    Antecipação do asinino comportamento habitual!...

Então, quando estava eu prontinho,
Para fotografar o que minha alma via naquele ser,
Surgiu entre as grandes orelhas espetadas do animalzinho,
Um afoito sarilho colado à sombra de um homenzinho,
Que lá do alto dos seus bicos de pés atreveu a esclarecer,
O imperativo da fotografia à sua autorização obedecer,
Esbugalhando, ao burro, os seus castanhos olhinhos,
      Que soltou um zurrar de perfeito entender!...

-Ouça lá, -dirigiu-se-me o homenzinho com ligeireza,
Você pediu autorização para fotografar-me, e ao jumento?...
Ao que eu respondi no momento:
-Caro amigo, eu não pretendo fotografar sua esperteza,
Mas, apenas a inteligência do burro e o seu lamento,
     Por ter um dono com tão néscia subtileza!...

Há criatura que vendo na burrice alheia,
Um tesouro que, na burrice deles, acham não ser seu,
Fecham os olhos à sua burrice, da que cada qual se rodeia,
Agradecendo a burrice que, parecendo-lhes leve, os arreia,
E os derreia com a burrice própria do próprio sandeu,
   Que, pela cobiça de burro toda a burrice granjeia!...

Zurram os burros sorrateiros,
Dos outros burros mais espertos,
Que, ao julgarem ter os olhos abertos,
     Carregam os burros verdadeiros!...
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