segunda-feira, 23 de abril de 2018

Cores do Amor e do Ódio Suave (+ ou - Um Soneto à Portuguesa)

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Quando o ódio se transfigura em amor,
E pensamos amar aqueles que odiamos,
Sentimos o silêncio transfigurado da dor,
    A beijar cesuras pungentes que amamos!...

Quando o amor se transforma em ódio,
E pensamos odiar aqueles que amamos,
Sentimos os efeitos lancinantes do sódio,
   Mordendo feridas abertas que odiamos!...

Suamos a nossa bandeira com suas cores,
Salgamo-nos com nossas cores acolhidas,
Para saciar cores dos enganados amores;

E foram as salgadas lágrimas escondidas,
Substituídas pelos netos dos corruptores,
   Sangue colorido das feridas corrompidas!...


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domingo, 22 de abril de 2018

Era Para Ser

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Era para ser,
Mas não foi e não é,
Muitos juraram morrer,
Pelo seu povo, até,
Era para ser,
Era para ser,
Mas, pé ante pé,
Chegaram os herdeiros do poder,
Levados às costas do Zé!...


E quando o povinho,
Já festejava com tanto vinho,
Mais delírios novos foram autorizados,
Esfumou-se em democráticos fumos alucinados,
Nem conta se foi dando do seu estado de sozinho,
Continuou a viver em plena alegria de futuros adiados,
Com toda a liberdade para ser um livre pássaro sem ninho,
Na certeza de, na dúvida, jamais serem enganados,
Pela fineza dos herdeiros históricos, roubados,
Monogramas bordados em fino linho,
E pelos distintos brasonados,
    Que sugam com carinho!...

Era para ser,
Era para ser,
E foi como esperaram,
Só o pobre Povo não esperou,
Nem ganhou pelo que lhe roubaram,
Deram-lhe o direito de votar e neles votaram,
Só o crente povo nunca no povo votou,
Nasceu para ser Zé e assim ficou,
   Por aqueles que o enganaram!...

Há quem não deixe ver,
Ver há quem não queira,
Sentado como deve ser,
No seu chão sem o saber,
Brasões estão na cadeira
Filhos duma só bandeira,
Era para ser,
    Era para ser!...

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